Nesse post, irei abordar alguns pontos da obra de Eric Hobsbawn, A Era dos Extremos, que estavam armazenadas em algum lugar empoeirado do emaranhado de pulsos elétricos o qual chamamos de cérebro ou talvez eu nunca houvesse visto de tal maneira.
O primeiro ponto é a democratização dos meios de destruição. Tal abordagem me chamou atenção, pois nunca tinha parado para analisar como obter armamento bélico tornou-se tão fácil nas últimas décadas. Desde fuzis calibre .50, capazes de derrubar uma aeronave, por facções como o Comando Vermelho no Rio de Janeiro a mísseis utilizados pelo Estado Islâmico no oriente médio para destruir cidades.
Outro ponto, foi apenas um lembrete, mas que me espantou: até 1990, diversos países europeus ainda mantinham colônias na África, Ásia e América. Felizmente, esse processo que causou guerras internas como a junção de tutsis e hutus, tribos rivais, no mesmo território de Ruanda, foi chegando ao fim a partir da segunda guerra mundial, que fez com que as metrópoles deixassem as colônias de lado para se concentrar na guerra e acabassem desencadeando revoluções pro-independência. Porém, na nossa fronteira, a Guiana Francesa ainda está sobre controle, como o próprio nome diz, da França e esse é um fato muito pouco lembrado.
Por fim, esses mesmos países que foram responsáveis pela miséria dos países africanos, agora fecham suas fronteiras para aqueles que tentam fugir da pobreza e das guerras civis causadas, na maioria, pela colonização européia. Analogicamente, esses países europeus agem como crianças que brincaram, mas agora não querem arrumar os seus brinquedos.
Referências:
HOBSBAWN, Eric. Rumo ao milênio In: Era dos extremos: o breve século XX (1914-1991). São Paulo: Companhia das Letras, 1995. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4071685/mod_resource/content/1/Era%20dos%20Extremos%20%281914-1991%29%20-%20Eric%20J.%20Hobsbawm.pdf . Acesso em 03/08/2021
Comentarios