Apesar de ser o modelo econômico vigente na maioria dos Estados, o Capitalismo é alvo de críticas, acadêmicas ou não, que engendram discussões sobre suas vantagens e malefícios. Dessa forma, diversos escritores e pensadores trabalharam essa temática, entre eles: Adam Smith, Karl Marx, Émile Durkheim e Eric Hobsbawn. Esse último, na sua obra "A Era dos Extremos", responde a um recorrente questionamento: por que o Capitalismo estabeleceu-se como modelo econômico em detrimento de outros?
Entre os argumentos abordados por ele para elucidar essa questão estão: a ausência de uma ameaça política digna de crédito ao sistema; o fracasso do modelo soviético, ou seja, “basear toda uma economia na propriedade universal, pelo Estado, dos meios de produção e no planejamento central que tudo abrangia, sem qualquer recurso efetivo ao mercado ou aos mecanismos de preço.”; a “utopia neoliberal” de que se cada indivíduo buscasse sua satisfação sem restrições, e, qualquer que fosse o resultado, seria o melhor que se podia alcançar e que qualquer curso alternativo, argumentava-se implausivelmente, era pior; Protecionismo; fragmentação da classe operária; insignificância militar na guerra convencional do Terceiro Mundo; a redução dos realmente pobres nos países ricos a uma “subclasse” minoritária e processo de globalização.
Dessa maneira, Eric Hobsbawn demonstra com clareza alguns dos pilares do triunfo do capitalismo e como uma reforma econômica sucumbiu ao poder do capital.
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